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segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Como fazer dinheiro (de verdade) jogando Diablo III



A Blizzard não será a única a potencialmente fazer dinheiro com Diablo III. Agora qualquer jogador poderá, graças às Auction Houses, um novo serviço que permite aos usuários trocar itens não só por dinheiro virtual, mas também por dinheiro de verdade.

Essa é uma de várias mudanças do próximo Diablo e nova versão da Battle.net, o serviço por trás do multiplayer dos jogos da Blizzard.

A outra mudança substancial, mas talvez inesperada, é a exigência de que todos os jogadores estejam online o tempo todo se quiserem entrar no mundo de Diablo III, mesmo que queiram se aventurar sozinhos. A Blizzard diz que isso é para combater os trapaceiros e melhorar a experiência multiplayer de modo geral – além de manter a economia sempre estável. Essa decisão ainda deve gerar muita controvérsia. Mas ainda assim, o “eBay” interno do jogo continua sendo a maior das surpresas.

A Blizzard convidou um grupo de jornalistas e fãs de Diablo para visitar sua sede em Irvine (Califórnia) na semana passada para mostrar a versão beta do game e discutir as melhorias da plataforma Battle.net. Rob Pardo, o Vice-Presidente Executivo de Game Design e um dos responsáveis por Diablo II, explicou ao grupo por que a produtora está implementando essas mudanças.

Pardo falou das “áreas de melhoria” da Battle.net, mais especificamente do que era relacionado à experiência de Diablo. Isso incluía problemas presentes em Diablo II, como personagens do modo Single Player tendo acesso dividido ao componente multiplayer; uma falta de persistência dos personagens online, que podem “passar da validade” se não forem revisitados frequentemente; e a ineficiência de procurar, encontrar e fazer amigos online. Trapaças, “player-killers” e uma economia improvisada (e baseada na troca de Stones of Jordan raras) também eram sinais de que a Blizzard precisava repensar como a rede funcionaria no seu novo RPG.



Em Diablo III, a empresa diz que vai atualizar o serviço com novas funcionalidades que mudarão a maneira de jogar em grupo. Isso inclui “matchmaking” melhorado, a possibilidade de ver e falar com amigos conectados a outros títulos da Blizzard (StarCraft II e World of Warcraft) e “jogabilidade” cooperativa dinâmica.

Os jogadores de Diablo III estarão sempre conectados com seus amigos pela Battle.net, diz a produtora, com uma lista de amigos persistente, chat entre partidas e a possibilidade de se juntar a outras pessoas a qualquer momento. Daí a necessidade de estar sempre conectado – ao contrário de StarCraft II, por exemplo.

A conexão permanente com a internet também previne fraudes na Auction House, evita hackeamentos e duplicação de itens, diz a Blizzard. Pardo diz que o objetivo da nova casa de leilões é facilitar e melhorar a troca de itens entre jogadores, dando a eles um ambiente seguro para trocar, procurar, comprar e vender equipamentos. Ela não é, garante a empresa, uma “loja Blizzard” de vender coisas para os jogadores.

Embutida no cliente do jogo, a Auction House permite que os usuários troquem todo tipo de itens – armas, armaduras, runestones e até personagens – por outros artefatos, por dinheiro in-game ou pela moeda real de cada região do mundo. Os compradores podem filtrar sua busca por classe de personagem e tipo de item, com a opção de fazer auto-apostas ou comprar o que quiserem instantaneamente. As transações acontecem de forma anônima.

No caso das negociações com dinheiro de verdade, a Blizzard vai cobrar dos vendedores uma taxa de listagem e uma “taxa nominal fixa de transação”, caso o artigo seja vendido. A proutora diz que a taxa de listagem foi concebida para evitar que os jogadores coloquem qualquer item à venda. Ainda haverá, porém, opções de listagem gratuita para quem quiser experimentar o sistema.



Os usuários que quiserem vender seus itens em troca de Reais ou Dólares ainda têm a opção de direcionar seus fundos para dois tipos de contas: um “e-balanço” que os jogadores podem usar para comprar outros produtos Blizzard (jogos, assinaturas de World of Warcraft, pets) ou transferir o dinheiro para a sua conta através de uma outra empresa tercerizada – mediante uma outra taxa.

Aqueles que estiverem jogando na dificuldade “Hardcore” (que ainda não foi detalhada, mas que em outros jogos significava que a morte do personagem era permanente), não poderão usar a Auction House.

Então, por que a Blizzard está adotando uma economia guiada pelos usuários e que lida com dinheiro real? A empresa diz que isso é bom tanto para compradores quanto para vendedores, e que isso funciona bem com o sistema de loot aleatório de Diablo, além de adicionar profundidade à experiência no longo prazo. Ele também ajuda, obviamente, a monetizar o jogo, que teve multiplayer gratuito nas versões anteriores.

“Se a Blizzard não fizesse isso, eu não sou tão ingênuo a ponto de achar que alguém não faria”, disse Pardo. No passado, ele disse, a empresa tentou impedir o mercado paralelo de troca de itens virtuais por dinheiro real. A Auction House é algo que os jogadores querem, e agora eles têm a bênção oficial.

Fonte aqui.

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